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Nova rodada de negociações tem poucos avanços na educação básica

Os dirigentes sindicais do Sinpro-Noroeste participaram, na última quinta-feira, 30, de mais uma rodada de negociações com o Sinepe/RS para discutir a nova convenção coletiva da educação básica.

Dessa vez, porém, o encontro teve poucos avanços, pois a entidade patronal insistiu na integralização de 6% de reajuste salarial aos professores, que seriam concedidos somente após o fim das negociações. O Sinpro-Noroeste, junto aos demais sindicatos de professores, reiterou a necessidade de os trabalhadores obterem um ganho real nos salários, visto que a média de reajuste das mensalidades nas escolas privadas supera em muito os 6% ofertados – desse total, 5,47% se referem à inflação acumulada nos 12 meses anteriores.

A questão não foi fechada e voltará à mesa de negociações nas próximas semanas. O sindicato patronal ainda informou que deverá promover uma assembleia com diretores de escola para discutir a reivindicação dos professores.

Os sindicatos também solicitaram na reunião a revisão da cláusula que prevê o pagamento de hora-atividade aos professores do ensino básico, de modo a permitir a abertura de horas para planejamento de atividades em sala de aula. Este ponto é importante para contemplar a inclusão de alunos com deficiência, já que não há auxiliares para esta função.

Em resposta, os representantes do Sinepe voltaram a alegar que as instituições não podem arcar com os custos das exigências da legislação sobre o tema, e propuseram uma discussão conjunta com a participação do Ministério Público.

Negociação na educação superior sem novidade

O Sinpro participou na quinta de mais um encontro com o Sinepe/RS para discutir a CCT da educação superior, mas novamente não houve construção de consensos sobre os temas propostos.

No mesmo dia, os sindicatos conversaram com representantes do Sindiman, onde a questão da retroatividade do reajuste salarial tem travado as conversas, com a representação patronal alegando que a situação financeira das instituições de ensino comunitárias impediria a concessão da reposição integral.

Na próxima semana, em função do feriado, não haverá reuniões negociais, que devem retornar daqui a duas semanas.

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